terça-feira, 29 de abril de 2008

SOLA FIDE

Olá leitores amigos! Nesta ocasião daremos continuidade à exposição dos fundamentos da fé cristã reformada, com esteio na Declaração de Cambridge.
Trata-se da “Fé”, ou melhor, “Só a Fé”, tradução livre da expressão latina que intitula o post.
Neste sentido: “Reafirmamos que a justificação é somente pela graça, somente por intermédio da fé, somente por causa de Cristo. Na justificação, a retidão de Cristo nos é imputada como o único meio possível de satisfazer a perfeita justiça de Deus”.
"A justificação é somente pela graça, somente por intermédio da fé, somente por causa de Cristo. Este é o artigo pelo qual a igreja se sustenta ou cai. É um artigo muitas vezes ignorado, distorcido, ou por vezes até negado por líderes, estudiosos e pastores que professam ser evangélicos. Embora a natureza humana decaída sempre tenha recuado de professar sua necessidade da justiça imputada de Cristo, a modernidade alimenta as chamas desse descontentamento com o Evangelho bíblico. Já permitimos que esse descontentamento dite a natureza de nosso ministério e o conteúdo de nossa pregação.
Muitas pessoas ligadas ao movimento do crescimento da igreja acreditam que um entendimento sociológico daqueles que vêm assistir aos cultos é tão importante para o êxito do evangelho como o é a verdade bíblica proclamada. Como resultado, as convicções teológicas freqüentemente desaparecem, divorciadas do trabalho do ministério. A orientação publicitária de marketing em muitas igrejas leva isso mais adiante, apegando a distinção entre a Palavra bíblica e o mundo, roubando da cruz de Cristo a sua ofensa e reduzindo a fé cristã aos princípios e métodos que oferecem sucesso às empresas seculares. Embora possam crer na teologia da cruz, esses movimentos na verdade estão esvaziando-a de seu conteúdo.
Não existe evangelho a não ser o da substituição de Cristo em nosso lugar, pela qual Deus lhe imputou o nosso pecado e nos imputou a sua justiça. Por ele Ter levado sobre si a punição de nossa culpa, nós agora andamos na sua graça como aqueles que são para sempre perdoados, aceitos e adotados como filhos de Deus. Não há base para nossa aceitação diante de Deus a não ser na obra salvífica de Cristo; a base não é nosso patriotismo, devoção à igreja, ou probidade moral. O evangelho declara o que Deus fez por nós em Cristo. Não é sobre o que nós podemos fazer para alcançar Deus".

2 comentários:

Anderson disse...

É incrível como, mesmo conhecendo o postulado da suficiência da fé para a salvação, as pessoas tendem a inventar outros elementos para garantir um espaço no céu.
Realmente, parece muito pouco. Basta crer. Mas é só isso que o Pai quer. Claro que nossa fé deve não ser morta, ou seja, destituída de frutos, mas que ela é suficiente, isso é.
Ainda bem que a salvação não é conquistada por meio das obras. Se fosse assim, estaríamos todos em maus lençóis...

Unknown disse...

A dúvida é como um esqueleto no armário da fé,e não conheço jeito melhor de tratar um esqueleto que trazê-lo à luz e mostrar o que que ele é:"Não sei que tipo de fé o cristão do século XX deve ter se ela não estiver fundamentada na experiência da incredulidade" Pedro disse:"Senhor,eu creio.Ajuda minha incredulidade" É aroção mais natural,humana e aflita do evangelho,e acredito ser a base da oração de fé.