segunda-feira, 28 de abril de 2008

O que aprendemos com o Jesus que rompeu preconceitos?

Uma passagem bastante expressiva do Novo Testamento é a que relata a conversa de Jesus com a mulher samaritana. O ponto que mais me chama a atenção é que, naquele momento, mais uma vez, o Mestre rompeu os preconceitos da época, pois, como todos sabem, os judeus não falavam com samaritanos.
Naquela mesma conversa, demonstrando a universalidade da sua pregação, Jesus disse que não importava se as pessoas adoravam a Deus em Jerusalém ou na Samaria, mas que o fizessem em espírito e em verdade.
E não foi somente dessa vez que Jesus ignorou as barreiras entre as pessoas para transmitir o seu amor, pois se relacionava freqüentemente com aqueles que a sociedade mais desprezava, como os cobradores de impostos, as prostitutas, entre outros. Muitas vezes, por esse motivo, enfrentou a fúria das pessoas. Nessas ocasiões, o Mestre dizia: “são os doentes que precisam de médico”.
Aliás, reputo esse aspecto do cristianismo o mais belo e também sua maior colaboração para a humanidade. Antes do cristianismo, as pessoas não eram consideradas iguais perante Deus, mas com a pregação cristã se aprende que “... não há judeu nem grego; não há servo nem livre; não há macho nem fêmea; porque todos vós sois um em Cristo Jesus” (Gl. 3:28).
Até a tão propalada idéia da igualdade entre os sexos, que ironicamente encontra seus principais opositores na igreja, teve seu início (pelo menos no Ocidente) com o cristianismo. Até o movimento hippie, com a filosofia da paz e amor, encontra raízes na fé cristã.
Mas não estou aqui para exaltar o cristianismo. Pelo contrário, quero falar sobre como somos capazes de sermos incoerentes com o que há de essencial na nossa fé. E não é preciso voltar ao passado, falando das atrocidades que foram cometidas por pessoas que professavam nossa fé, mas basta olhar para muitas de nossas atitudes e idéias atuais.
Por exemplo, sabemos muito bem como receber em nossas igrejas as pessoas arrumadinhas e cheirosinhas. Mas será que podemos dizer o mesmo acerca daqueles não tão arrumadinhos e cheirosinhos? E aquelas pessoas que despertam nosso desprezo? Sabemos acolher?
Philip Yancey relata a resposta de uma prostituta ao ser convidada a fazer uma visita a uma igreja: “Pra quê? Pra me sentir ainda pior?”
Poderia ainda citar muitos outros exemplos sobre nosso comportamento pecaminoso nesse sentido. Certamente, você conseguiu também pensar em vários. Mas o objetivo aqui é provocar a reflexão, com a esperança de que esta provoque alguma mudança de atitude. Que Deus nos ajude a sermos mais cristãos.

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