domingo, 26 de setembro de 2010

Pedofilia na Igreja Católica

Por Alípio Bitencourt*.

Freqüentemente estamos lendo nos noticiários dos jornais e vendo na televisão casos de abusos sexuais a menores por sacerdotes católicos, não só em nosso país, mas também em outros países mundo a fora. Recentemente em uma entrevista dada ao jornal espanhol El País, uma senhora católica de nome Amanda, afirmou que o Vaticano tem agido com hipocrisia diante dos abusos sexuais a menores praticados por sacerdotes católicos.

Comumente nós observamos casos de pederastia e lesbianismo na igreja, em todas as partes do mundo. Seria isto uma conseqüência do celibato?

Eis uma questão para a reflexão do leitor, porque se nos reportarmos à Bíblia Sagrada, não encontraremos proibição do casamento, pelo contrário, em Gênesis (2.18) lemos: Não é bom que o homem esteja só; far-lhe-ei ajudadora para ele.

E em I Coríntios (7 - 2) observamos o seguinte: "Mas, por causa da prostituição, cada um tenha a sua própria mulher, e cada uma tenha o seu próprio marido".

Portanto, diante da palavra de Deus, não vemos razão para que matenha-se o casamento suprimido aos sacerdotes católicos; talvez isto se deva a uma questão econômica e política do Vaticano.

*Professor, pensador e colaborador do Jornal A Porrada - http://www.http//aporrada.com.br/site_v2010/.

6 comentários:

Anderson disse...

Muito feliz por sua colaboração, Sr. Alípio!
Nosso blog está de posts abertos, digo, portas abertas para o senhor!

Edgard Freitas disse...

Sou indiferente quanto ao celibato. Acredito, todavia, que a vida religiosa é feita de vocação e votos sagrados, e o pedófilo viola frontalmente ambas as coisas.

Não creio que exista relação de causa e efeito entre o celibato e a pedofilia. O pedófilo, o homossexual, já o eram antes de ingressarem no sacerdócio. O problema, então, reside na falta de mecanismos que permitam identificar aqueles que buscam a vida religiosa não por vocação, mas como válvula de escape de seus conflitos sexuais.

Existe até um livro sobre o tema, li algumas resenhas, se chama "Goodby, Good man", e trata do processo gradual de infiltração homossexual na Igreja a partir da década de 50.

PS.: A Igreja Católica não é hipócrita neste assunto. Ocorre que a abordagem do pecado não se confunde com a abordagem penal do crime de abuso sexual de menores. Um padre acusado de abuso sexual pode ser afastado de suas funções, expulso da Igreja, no máximo excomungado se presente algum requisito da lei canônica. Assim como ele pode confessar o pecado e receber o perdão. Mas a capacidade da Igreja de agir pára aí. A punição concreta, válida para a Cidade dos Homens, deve ser aplicada pelo Estado.

Paulo César de Melo disse...

Concordo que o celibato em si seja a causa para a pedofilia na igreja. O fato é que, e isso é INEGÁVEL, que o homem que ataca meninos é, de fato, homossexual. É preciso remover os "preconceitos contra os preconceituosos" para chegarmos a um denominador comum. Recomendo a leitura de um livro para maiores de 18 chamado "Guerra Santa", de Emmanuel Cavalcanti. Este será o livro do banimento católico da vez. Muito bom e forte.

Paulo César de Melo disse...

Perdão, pessoal: o celibato, em si, NÃO seja a causa da pedofilia.

Anderson disse...

Quanto ao celibato obrigatório, concordo com o Sr. Alípio. Não consigo enxergar fundamento bíblico para a proibição que, aliás, é recente na história da igreja.
No tocante à pedofilia, também acho que um padre que abusa meninos é, antes de qualquer coisa, homossexual. Mas, em tempos em que se deve ser politicamente correto, falar tal coisa é delito gravíssimo.

Jáder disse...

O celibato na Igreja Católica Romana contribui decisivamente para a ocorrência da pedofilia no ceio dessa organização.
Todavia, não é o único fator, embora eu creia que assuma uma certa preponderância. Quando o indivíduo tem distúrbios de ordem sexual aí pode descambar (como tem ocorrido) para a pedofilia.

Por outro lado, quem nunca ouviu histórias dos filhos do padre fulano ou da mulher do bispo cicrano?

O homem não nasceu para viver só. Isso é fato.

Quem não se lembra de Robson Crusoé ou mesmo de Aristóteles, apenas para ficar nos textos extrabíblicos.

Já passou do tempo em que a Igreja Romana deveria extinguir com essa prática no mínimo antinatural.