Em que pese tenha me convertido numa igreja pentecostal e nela congregue até hoje, tenho dificuldades para me adaptar a algumas coisas que costumam nela ocorrer.
O fato que passo a relatar ocorreu há alguns dias, por ocasião do aniversário da igreja.
Logo no início da fala do pastor convidado para ser o preletor oficial da festividade, percebi que a jornada ia ser dura. É que ele tinha a irritante prática de pedir ao auditório para repetir algumas frases durante todo o tempo da pregação.
Pois bem. Numa dessas, ele pediu para olhar para o irmão do lado e perguntar: “você quer fogo?”. Na mesma hora veio-me à mente os vários sentidos que essa frase pode apresentar, principalmente para alguém que não pertence ao contexto pentecostal.
Para minha infelicidade, olhei para o lado e vi um visitante. Então, constrangido, abri um sorriso amarelo e fiz a desconcertante pergunta.
De lá do púlpito o pregador solicitou que erguêssemos as mãos sobre o irmão e repetíssemos: “fogo, fogo, fogo...”.
Aí já foi demais pra mim. Dessa vez não deu para atender ao pedido do pastor.
Para concluir, ele convidou à frente as pessoas que quisessem ter uma nova atitude em sua escola, trabalho, etc. Surpreendentemente, o pregador ungiu essas pessoas com óleo, contrariando a orientação neotestamentária de aplicação desta prática tão-somente em caso de enfermidade.
Saí antes de terminar o culto.