terça-feira, 14 de outubro de 2008

A Autoridade da Bíblia

Escrito pelo luterano Gottfried Brakemeier, o livro A autoridade da Bíblia vai além do que convencionalmente se diz sobre a Escritura, trazendo informações de grande relevância.

É muito interessante a parte em que é explicada a forma que se deu a formação do Novo Testamento, mas fiquei com o pé atrás em muitos pontos, pois o autor parece simpatizar bastante com o liberalismo teológico e a com o método histórico-crítico de interpretação da Bíblia. Não sou renitente diante de um bom argumento, mesmo que liberal, mas ainda mantenho uma linha conservadora em muitos aspectos.

É polêmica a questão da inerrância da Bíblia, por exemplo. O autor acredita na existência de erros nas Escrituras e sou muito cauteloso diante dessa idéia. Prefiro a postura de Norman Geisler, um dos autores de Manual Popular de Dúvidas, Enigmas e Contradições da Bíblia, segundo o qual não há erros na Bíblia, apenas dificuldades.

Acredito que as limitações humanas podem ter influnciado a escrita da Bíblia, mas de forma alguma isso foi obstáculo para a transmissão das verdades eternas. Não posso acreditar na distinção entre Palavra de Deus e Escritura, pois pra mim são a mesma coisa.

O que importa é que o autor consegue nos fazer refletir sobre muitos assuntos que não somos convidados a pensar com muita freqüência. Merecem destaque também o raciocínio e a argumentação lógica do autor, bem como a clareza da linguagem.

sexta-feira, 10 de outubro de 2008

UMA ORAÇÃO DE CALVINO


Joel 2.32


"Permite, Deus todo poderoso, que assim como Tu, que não somente nos convidas constantemente a buscar-Te, pelo voz do Teu Evangelho, mas, também, nos oferece Teu Filho como nosso Mediador, pelo qual um acesso a Ti está aberto, permite que possamos encontrar-Te como Pai a nós propício. Oh!, permite que, confiados no Teu convite, nos exercitemos em vida na oração, de vez que muitos males nos pertubam de todos os lados e muitas necessidades nos acabrunham e nos deprimem; que sejamos mais prontos a buscar-Te com empenho e nunca desfalecer no exercício da oração, até que, tendo sido ouvidos por Ti durante toda existência, possamos, afinal, ser recebidos no Teu Reino Eterno, onde gozaremos da Salvação que nos tem prometido e da qual Tu nos testificas diariamente pelo Teu Evangelho. E para sempre unidos ao Teu Filho Unigênito, do qual somos agora membros, possamos ser participantes de todas as bençãos que Ele nos alcançou por sua morte. Amém!

quinta-feira, 9 de outubro de 2008

A Relevância da Reforma

A Reforma Protestante do século XVI foi um fenômeno variado e complexo, que incluiu fatores políticos, sociais e intelectuais. Todavia, o seu elemento principal foi religioso, ou seja, a busca de um novo entendimento sobre a relação entre Deus e os seres humanos. Nesse esforço, a Reforma apoiou-se em três fundamentos ou pressupostos essenciais:

1. A centralidade da Escritura

Os reformadores redescobriram a Bíblia, que no final da Idade Média era um livro pouco acessível para a maioria dos cristãos. Eles estudaram, pregaram e traduziram a Palavra de Deus, tornando-a conhecida das pessoas. Eles afirmaram que a Escritura deve ser o padrão básico da fé e da vida cristã (2 Tm 3.16-17). Todas as convicções e práticas da Igreja deviam ser reavaliadas à luz da revelação especial de Deus. Esse princípio ficou consagrado na expressão latina “Sola Scriptura”, ou seja, somente a Escritura é a norma suprema para aquilo que os fiéis e a Igreja devem crer e praticar. Evidentemente, tal princípio teve conseqüências revolucionárias.

2. A justificação pela fé

Outro fundamento da Reforma, decorrente do anterior, foi a redescoberta do ensino bíblico de que a salvação é inteiramente uma dádiva da graça de Deus, sendo recebida por meio da fé, que também é dom do alto (Ef 2.8-9). Tendo em vista a obra expiatória realizada por Jesus Cristo na cruz, Deus justifica o pecador que crê, isto é, declara-o justo e aceita-o como justo, possuidor não de uma justiça própria, mas da justiça de Cristo. Essa verdade solene e fundamental foi afirmada pelos reformadores em três expressões latinas: “Solo Christo”, “Sola gratia” e “Sola fides”. Justificado pela graça mediante a fé, e não por obras, o pecador redimido é chamado para uma vida de serviço a Deus e ao próximo.

3. O sacerdócio de todos os crentes

A Igreja Medieval era dividida em duas partes: de um lado estava o clero, os religiosos, a hierarquia, a instituição eclesiástica; do outro lado estavam os fiéis, os leigos, os cristãos comuns. Acreditava-se que a salvação destes dependia da ministração daqueles. À luz das Escrituras, os reformadores eliminaram essa distinção. Todos, ministros e fiéis, são o povo de Deus, são sacerdotes do Altíssimo (1 Pedro 2.9-10). Como tais, todos têm livre acesso à presença do Pai, tendo como único mediador o Senhor Jesus Cristo. Além disso, cada cristão tem um ministério a realizar, como sacerdote, servo e instrumento de Deus na Igreja e na sociedade. Que esses princípios basilares, repletos de implicações revolucionárias, continuem sendo cultivados e vividos pelos herdeiros da Reforma.

Autor: Rev. Alderi Souza de Matos 
Fonte: Página da História da Igreja do autor - 
http://www4.mackenzie.br/6973.html

terça-feira, 7 de outubro de 2008

Reforma Protestante

Neste mês, mais especificamente no dia 31 de outubro, comemoramos 491 anos de Reforma Protestante. Por esse motivo, estaremos postando aqui no SOLA GRATIA durante este mês alguns textos e vídeos relacionados a este grande evento.
Pra começar, segue um vídeo que apresenta algumas frases de ícones da Reforma.


sábado, 4 de outubro de 2008

Você se parece com Jesus?

Em mais de uma postagem aqui no blog já discutimos a questão do caráter como o que realmente caracteriza aquele que se identifica como cristão (por exemplo,  aqui). Nessa semana encontrei um excelente texto de Ed René Kivitz que trata exatamente dessa temática, indicando o que podemos fazer para parecermos um pouco mais com o Mestre. Sugiro a todos sua leitura, e quem estiver a fim ainda pode comentar aqui no SOLA GRATIA.

quinta-feira, 2 de outubro de 2008

Teologia da prosperidade


"Deus vai nos dar um Cross Fox vermelho, quem crer diga... Amém!"

segunda-feira, 29 de setembro de 2008

Cosmovisão

Ocorreu nesse fim de semana aqui em Itabuna o Encontrão de mocidades. Na sexta-feira foi discutido um tema bastante importante para a juventude atual: a cosmovisão cristã.

Chamou-me atenção o ponto acerca da necessidade de compreensão das cosmovisões em jogo para que haja êxito no processo de comunicação do evangelho.

Muitas vezes nós nos acostumamos tanto com a linguagem e a forma de pensar disseminada na igreja, que somos incapazes de transmitir uma mensagem para alguém que está fora desse círculo.

E outra coisa: freqüentemente encontro muitas dificuldades pra conversar com pessoas cristãs sobre alguns tipos de problemas, porque as respostas que ouço são sempre as mesmas e quase sempre não querem dizer nada...

Precisamos compreender a visão de mundo das outras pessoas, se não for assim, não conseguiremos pregar o evangelho de forma relevante. E para entender a visão dos outros, necessitamos antes abrir a nossa mente.