sexta-feira, 25 de dezembro de 2009

Então é Natal


Chama-me a atenção como nesta época costuma-se iluminar intensamente as cidades e as residências. Parece um clamor do inconsciente das pessoas por luz. Foi justamente o que o Verbo trouxe ao mundo quando se tornou carne.

sábado, 12 de dezembro de 2009

É possível não se emocionar com esta música?

Janires (ex integrante do Rebanhão) foi um grande poeta cristão. Infelizmente, a partida precoce interrompeu sua produção artística, mas o tempo que ele passou por aqui foi suficiente para que ele fizesse obras fabulosas.
Esta música, em especial, apresenta o contraste de dois mundos, um com e outro sem Deus. Termina com a proclamação de uma esperança que todos nós temos.

segunda-feira, 7 de dezembro de 2009

Propina Gospel?

Ficamos todos chocados com o vídeo da oração que Deputados Distritais evangélicos fizeram após o recebimento de suposta propina.
Porém, é importante atentarmos para algo.
Conforme foi noticiado aqui (onde podem ser obtidas mais informações sobre esta versão), com base nas transcrições oficiais da Polícia Federal, o vídeo na verdade são dois vídeos.
No primeiro, que teria acontecido antes mesmo da eleição dos referidos deputados, estes teriam recebido uma doação legal para a campanha.
No segundo, após uma conversa supostamente normal, os deputados fizeram a famigerada oração.
Tudo isso pode ser conferido nos vídeos divulgados pela imprensa, em que, de fato, os deputados aparecem em lugares diversos e com roupas diferentes.
Quem me conhece ou lê os textos que publico aqui, sabe que não costumo defender a igreja evangélica. Ao contrário, este espaço foi criado justamente para discutir os problemas, sobretudo existenciais, de nossa igreja.
Todavia, não podemos concordar com injustiças, tampouco permitir que nossa revolta com a corrupção reinante nos cegue diante de fatos eloquentes.
Mas não tenho procuração para defender os envolvidos.
Vamos aguardar. O tempo trará a verdade.

sábado, 5 de dezembro de 2009

Marco Feliciano e Caio Fábio

Esta é a fala de Marco "Infeliciano":


Eis a resposta de Caio Fábio:

"Jesus disse que quem não é contra nós é por nós...

Sei que ele tem admiração por mim... Mas sei que ele quer mais a glória dos homens do que a verdade dos fatos e do Evangelho!...

O que vi em relação ao que aconteceu?...

1. Que ele fez média com a pastorada; pois, Deus, ele, o secretário dele [que ligou e esteve presente o tempo todo] e eu [...]; sim, todos nós, mais os anjos e a nuvem de testemunhas, sabemos que ele pediu para falar comigo, que ele não estava aqui em Brasília [ligou antes de vir... Portanto, não “aproveitava” nada...]. Pediu, marcou e veio...

2. Ele veio [...]; ele se derramou em dores... Ele sabe o que veio me dizer... O que falou do Jabes e do Silas... O que declarou sobre as “calunias” que sofria [...] sobre “adultérios”... de que o acusavam...; sim, lembra o que disse sobre como tudo estava podre... Eu lembro de tudo e aqui não digo nada do que ouvi... Ele sabe! E mais: falou de como eu havia feito a escolha certa... E mais: ouviu de mim apenas o Evangelho; e nada além do Evangelho; sem saudades de nada; sem falta de nada; feliz com tudo; e dizendo a ele que eu esperava que um dia ele visse que estava num barco furado...

Ele veio porque estava com medo do Silas e do Jabes; e veio como quem procurava um colo no caso do bicho pegar...

Ele sabe que na minha face ele apenas diria: É Verdade!...

A história é longa...

Deus sabe!...

Foi isto o que aconteceu...

Deus sabe que desse moço eu quase nada sabia...

Conhecia o nome, mas nunca lhe vira a face e nem sabia como ou quem ele era...

Quando ele se converter mesmo [...], então contará toda a verdade; pois, do contrário, logo, logo a eternidade tirará as mascaras de tudo e de todos... Simples assim!

Nele, que foi procurado à noite por quem mesmo não sendo nascido de novo teve mais dignidade no narrar os fatos,

Caio

29 de novembro de 2009

Lago Norte

Brasília

DF"

quinta-feira, 3 de dezembro de 2009

Ortodoxia, de Chesterton

Trata-se de um clássico. O título deve-se à conclusão do autor de que, ao tentar buscar inovações e doutrinas melhores, acabou encontrando a própria ortodoxia.
O autor ocupa-se de enfrentar as teorias anti-cristãs que se proliferavam pela Europa do Século XX. A sofisticação do raciocínio e o humor são marcas relevantes do texto.
Não posso negar, porém, que, diante da profundidade da reflexão filosófica que algumas vezes Chesterton engendra, fiquei com a sensação de não ter entendido muito bem o que ele quis dizer...
Contudo, fica a recomendação da leitura desse fabuloso manual de apologética cristã.

domingo, 29 de novembro de 2009

Bastam R$ 418 para fundar igreja e se livrar de imposto

Hélio Schwartsman

Bastaram dois dias úteis e R$ 218,42 em despesas de cartório para a reportagem da Folha criar uma igreja. Com mais três dias e R$ 200, a Igreja Heliocêntrica do Sagrado EvangÉlio já tinha CNPJ, o que permitiu aos seus três fundadores abrir uma conta bancária e realizar aplicações financeiras livres de IR (Imposto de Renda) e de IOF (Imposto sobre Operações Financeiras).
Seria um crime perfeito, se a prática não estivesse totalmente dentro da lei. Não existem requisitos teológicos ou doutrinários para a constituição de uma igreja. Tampouco se exige um número mínimo de fiéis.
Basta o registro de sua assembleia de fundação e estatuto social num cartório. Melhor ainda, o Estado está legalmente impedido de negar-lhes fé. Como reza o parágrafo 1º do artigo 44 do Código Civil: "São livres a criação, a organização, a estruturação interna e o funcionamento das organizações religiosas, sendo vedado ao poder público negar-lhes reconhecimento ou registro dos atos constitutivos e necessários ao seu funcionamento".
A autonomia de cada instituição religiosa é quase total. Desde que seus estatutos não afrontem nenhuma lei do país e sigam uma estrutura jurídica assemelhada à das associações civis, os templos podem tudo.
A Igreja Heliocêntrica do Sagrado EvangÉlio, por exemplo, pode sem muito exagero ser descrita como uma monarquia absolutista e hereditária. Nesse quesito, ela segue os passos da Igreja da Inglaterra (anglicana), que tem como "supremo governador" o monarca britânico.
Livrar-se de tributos é a principal vantagem material da abertura de uma igreja. Nos termos do artigo 150, VI, b da Constituição, templos de qualquer culto são imunes a impostos que incidam sobre o patrimônio, a renda e os serviços, relacionados com suas finalidades essenciais.
Isso significa que, além de IR e IOF, igrejas estão dispensadas de IPTU (imóveis urbanos), ITR (imóveis rurais), IPVA (veículos), ISS (serviços), para citar só alguns dos vários "Is" que assombram a vida dos contribuintes brasileiros. A única condição é que todos os bens estejam em nome do templo e que se relacionem a suas finalidades essenciais -as quais são definidas pela própria igreja.
O caso do ICMS é um pouco mais polêmico. A doutrina e a jurisprudência não são uniformes. Em alguns Estados, como São Paulo, o imposto é cobrado, mas em outros, como o Rio de Janeiro e Paraná, por força de legislação estadual, igrejas não recolhem o ICMS nem sobre as contas de água, luz, gás e telefone que pagam.
Certos autores entendem que associações religiosas, por analogia com o disposto para outras associações civis, estão legalmente proibidas de distribuir patrimônio ou renda a seus controladores. Mas nada impede -aliás é quase uma praxe- que seus diretores sejam também sacerdotes, hipótese em que podem perfeitamente receber proventos.
A questão fiscal não é o único benefício da empreitada. Cada culto determina livremente quem são seus ministros religiosos e, uma vez escolhidos, eles gozam de privilégios como a isenção do serviço militar obrigatório (CF, art. 143) e o direito a prisão especial (Código de Processo Penal, art. 295).
Na dúvida, os filhos varões dos sócios-fundadores da Igreja Heliocêntrica foram sagrados minissacerdotes. Neste caso, o modelo inspirador foi o budismo tibetano, cujos Dalai Lamas (a reencarnação do lama anterior) são escolhidos ainda na infância.
Voltando ao Brasil, há até o caso de cultos religiosos que obtiveram licença especial do poder público para consumir ritualisticamente drogas alucinógenas.
Desde os anos 80, integrantes de igrejas como Santo Daime, União do Vegetal, A Barquinha estão autorizados pelo Ministério da Justiça a cultivar, transportar e ingerir os vegetais utilizados na preparação do chá ayahuasca -proibido para quem não é membro de uma dessas igrejas.
Se a Lei Geral das Religiões, já aprovada pela Câmara e aguardando votação no Senado, se materializar, mais vantagens serão incorporadas. Templos de qualquer culto poderão, por exemplo, reivindicar apoio do Estado na preservação de seus bens, que gozarão de proteção especial contra desapropriação e penhora.
O diploma também reforça disposições relativas ao ensino religioso. Em princípio, a Igreja Heliocêntrica poderá exigir igualdade de representação, ou seja, que o Estado contrate professores de heliocentrismo.

Fonte: Folha de S. Paulo

quinta-feira, 19 de novembro de 2009

A Polêmica do Dízimo

Alguns dogmas são tão enraizados em nossas mentes que raramente somos provocados a refletir sobre a validade bíblica deles.

Certa feita, comuniquei a alguns amigos a intenção de, naquele mês, entregar o dízimo a uma entidade filantrópica.

Fiquei surpreso com algumas reações. Alguns argumentaram que os dízimos somente devem ser entregues na "casa do tesouro". Outros alegaram que, se todos pensarem como eu, a pregação do evangelho vai parar.

Ora, se o dízimo é um sinal de gratidão a Deus e um exercício de desprendimento dos bens materiais, pouco importa a qual instituição o entrego.

A verdade é que o ato de entregar o dízimo é visto por muitos cristãos evangélicos como uma prática cerimonial inarredável. Encarado assim, a prática em nada se diferencia da guarda do sábado e demais imposições da lei mosaica.

É claro que essa ideia deve deixar pastores com os cabelos em pé. É mais fácil ensinar o ato de dizimar como uma obrigação, caso contrário ninguém mais terá interesse em fazê-lo.

Todavia, as doutrinas devem ter supedâneo na Bíblia e não em motivações a ela estranhas.

Nessa mesma linha, sugiro a leitura de um excelente artigo publicado no site Monergismo, que trata da questão da não-obrigatoriedade do dízimo na era da graça. Quem tiver interesse, pode lê-lo clicando aqui.