quarta-feira, 23 de fevereiro de 2011

SOLA GRATIA recomenda: Berlim 1945: A queda, de Antony Beevor.

Minhas férias foram bem proveitosas e durante este período pude colocar em dia o “armário de leitura”. Primeiro li Soldados Cidadãos, este mesmo, comentado aqui em baixo e, após, “devorei” outro sobre o mesmo tema: “Berlim 1945: A queda”, do escritor inglês Antony Beevor. Este livro narra a derrocada do Terceiro Reich, culminando com o hasteamento da bandeira soviética no Reichstag. O que mais me impressionou, neste livro, foi a quase eliminação da noção de indivíduo pelos regimes totalitários nazista e soviético. O poder desumanizador dessas ideologias de dominação em massa me chocou. Não pude compreender como a nação que foi um dos berços da Reforma Protestante se deixou dominar por um líder tão cruel e sanguinário e se afastar tanto do Senhor. Da mesma forma, criei ojeriza por um regime que se tornou para mim sinônimo de opressão, morte e aniquilação da liberdade e do homem: o comunismo. O choque entre esses dois regimes foi terrível: milhares de mortos, mutilados e desabrigados por toda a Europa. Outro dado interessante e, ao mesmo tempo horripilante, foi a retribuição soviética aos maus tratos nazistas: milhares de alemãs foram seguidamente estupradas e vilipendiadas pelos soldados do exército vermelho.  Elas foram tratadas como se fossem verdadeiros prêmios de conquista para os frontovik. Enfim, vale a pena ler este livro, sobretudo para dimensionarmos o grau de crueldade que o ser humano já alcançou. Oro ao Senhor que Ele não permita que mais guerras aconteçam e que as que acorrem atualmente terminem o mais rápido possível.

SOLA GRATIA recomenda: Soldados Cidadãos, de Stephen E. Ambrose.

Em meio ao terror da mais insana das guerras, este autor americano consegue a façanha de levar o leitor ao ambiente da batalha. Eis, portanto, um dos objetivos e méritos do autor norte-americano Stephen Ambrose: mostrar a guerra sob a ótica do soldado comum, aquele que sofreu diretamente com as agruras das batalhas, das doenças, do frio e do medo da morte iminente. O livro reconstrói a história da Segunda Grande Guerra, contando-a por meio de experiências reais, tanto dos soldados aliados, quanto dos alemães, a partir do desembarque aliado no “Dia D”. Imperdível, portanto, esta leitura, sobretudo para os amantes do tema!   

sexta-feira, 4 de fevereiro de 2011

Pode Deus nos Decepcionar?

Embora seja uma ideia que inicialmente cause estranheza, muitas pessoas decepcionam-se com Deus. Na verdade, nenhum de nós está livre de se ver diante de uma sensação como essa, sobretudo em situações de intenso sofrimento.

Podemos ver algo parecido no cenário apresentado a partir do versículo 13 de Lucas 24. Os discípulos encontravam-se profundamente decepcionados com aquele que "esperavam que fosse quem havia de redimir a Israel". Apesar de o Mestre haver anunciado numerosas e explícitas vezes que iria morrer e ressuscitar ao terceiro dia, os seus seguidores foram tomados de grande frustração diante do que aconteceu.

Os discípulos esperavam que a missão do Messias seria libertá-los do domínio romano e, quando o viram morrer, com ele morreram também suas esperanças. Não compreenderam as promessas de Jesus que, na verdade, não veio para libertá-los de um jugo político, mas dos grilhões do pecado.

Podemos até nos decepcionar com Ele, mas certamente isso ocorrerá por causa da nossa limitação em compreender seus propósitos que são sempre melhores e superiores aos nossos.